terça-feira, 28 de abril de 2009

Escrita - patrimônio sem fronteiras

Por: Antonio M. P. A. Ferrari *
Do: www.jornalomomento.org

A Comunicação faz parte de nossa vida, é através dela que podemos nos expressar com uma ou mais pessoas ao mesmo tempo. As formas de nos comunicarmos são as mais diversas, mas prefiro reportar-me a comunicação escrita, pois é através dela que deixaremos para as gerações futuras o relato do que aconteceu em nossas vidas, como nos anais da história de uma comunidade.
Um dos maiores e mais antigos feitos da história da escrita, a Bíblia Sagrada, e um dos personagens de maior destaque da história da imprensa, Gutenberg, se não tivessem a ferramenta do impresso da escrita em um papiro, como haveríamos de saber de todos esses feitos?
No mundo, grandes realizações só ficaram sendo conhecidas de uma geração para outra, através da arte da escrita desenvolvida pela humanidade, na organização do convívio social do ser humano e no meio em que ele vive. Não foi nada diferente no Brasil e no Uruguai, nossos paises de coração. Moramos em uma zona de fronteira que se relacionam com princípios de harmonia e paz. Conhecemos nossa história dos tempos das conquistas de terra, através de provas deixadas por nossos ancestrais narradas nas cartas e documentos, porém também podemos ir além, se formos até um marco que delimita a fronteira, ao visualizarmos ele, encontraremos caracteres que provam mais uma vez da força da escrita. O que há centenas de anos foi escrito na pedra,ali se encontra até hoje, com um valor extraordinário para o patriotismo de cada nação. São apenas duas pequenas palavras, uma lapidada em um dos lados com a palavra "Brasil" e do outro lado a palavra "Uruguai".
O ponto principal para o qual quero ocupar um pouco do seu tempo, será através de minha comunicação com você, que esta lendo este artigo da forma ESCRITA. Vamos falar de um meio escrito, que parece ver chegando o seu fim pelo avanço da internet, são eles os jornais impressos nos mais variados tamanhos, seja ele tablete, tablóide ou outro qualquer. Ter bastante escrita e fotos, não interessa seu estilo e formato, o importante é o conteúdo e sua colaboração para a história de uma comunidade civilizada.
Fazer acontecer e passar a informação no meio impresso é complicado, nada fácil para quem atua nessa área, são vários obstáculos a serem superados. Isso já vem na formação intelectual de quem consegue ver o fato e transmiti-lo para o papel de forma legível e de fácil interpretação aos leitores, e que estes, por sua vez são das mais variadas alcunhas culturais. No entanto, além destes fatores, existe um mais agravante: a manutenção financeira do periódico, esta sim é uma dificuldade perturbadora". Os encargos a serem pagos para manter este tipo de empresa são inúmeros. A partir da saída para checar a reportagem do fato, até chegar às mãos do leitor, geram-se custos que para supri-los, os jornais buscam em sua maioria, o apoio do comércio geralmente local, (refiro-me aqui, de periódicos do interior, do Brasil e Uruguai.). Esses contam também com a colaboração de leitores que pagam uma taxa para recebê-lo a domicilio e ou daqueles, que se deslocam a um ponto comercial de venda do exemplar avulso.
O sentido global deste assunto é que devemos dar mais atenção para esse meio de comunicação que usa na arte da escrita, o dom de levar ao leitor coisas em seu tempo e local, visto que as grandes mídias não oportunizam matérias interioranas e sendo assim, jamais deixaremos algum legado para as futuras gerações que estarão aqui nos substituindo, se não for através desse meio de comunicação.
O jornal do interior, tanto no Brasil quanto no Uruguai, merece o respeito devido e a colaboração da sociedade em geral e governamental, pela qual trabalha.
Este importante periódico MIENTE ABERTA ao qual agradeço de coração a honra oportuna de me dirigir a seus leitores e colaboradores. Principalmente por opinar num assunto que reflete os bastidores da verdadeira batalha campal e estratégica, que é manter a imprensa viva no interior. MIENTE ABERTA é uma prova da resistência, na luta por uma imprensa livre, democrática, um vínculo internacional entre duas nações em pleno desenvolvimento e que através dele seja feita a nossa história de fronteiriço.
A quem escreveu este provérbio peço licença (desconheço o autor), para repassa-los aos principais colaboradores da escrita, que é você amigo leitor:
"O que falamos corre o risco de perder-se no tempo, o que esta escrito permanece".
Contato: e-mail-msn: jornalomomentosvp@hotmail.com - Santa Vitória do Palmar – RS.
Este artigo foi escrito para o Jornal Miente Abierta – Uruguai em vistas do Encontro Binacional y Jornada de Actualización para comunicadores – que estará ocorrendo na cidade do Chui, no final do mês de maio.
Agradeço ao espaço cedido deste blog para postar-mos este artigo.

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